Marília sentia-se
cansada, muito cansada.
E triste. Quase
ofendida. Na verdade, quase que ultrajada.
Já por várias vezes
tinha tentado explicar, das mais variadas maneiras e feitios, que se sentia
extremamente cansada, exausta mesma.
E de todas as vezes
tinha sentido que não a tinham ouvido. Ou não tinham querido ouvir.
Mas que mais
precisava ela fazer para a levarem a sério, para acreditarem?
Morrer?
Às páginas tantas,
era mesmo isso.
E mesmo assim…
Se por um lado era
bom sentir todo o árduo trabalho reconhecido, por outro, Marília só queria que
a deixassem em paz.
Que a ouvissem, de
uma vez por todas.
E que a respeitassem
– a ela e à sua vontade!
(mais do que
vontade, necessidade…)